quarta-feira, 11 de maio de 2011

Suposta sessão de torturas a presos homossexuais é investigada


 
Agentes com rostos cobertos por capuzes teriam feito agressões com cassetetes, chutes e barras de ferros



Seis presos das celas 14 e 15 - de um total de 59 detentos homossexuais da Ala I (Ala Homossexual) - do Presídio São Joaquim de Bicas II, na Região Metropolitana de BH, teriam sido espancados e torturados por agentes penitenciários do Grupo de Intervenções Táticas (GIT) na noite de 23 de dezembro de 2010.

A suposta sessão de tortura, que até então não havia sido denunciada por causa de ameaças aos detentos, veio à tona no último dia 3 de fevereiro ao ser repassada ao Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos (Conedh).

Após investigar, ir ao local em março e ouvir os presos, o Conedh produziu um relatório no qual o incidente é descrito com riqueza de detalhes. Também cobra providências da Secretaria de Estado da Defesa Social (Seds).

De acordo com o relatório, na noite do dia 23 de dezembro, os agentes do GIT com rostos cobertos por capuzes, chegaram às celas 14 e 15. Ao entrarem, os agentes ironizaram: "Oh, oh, oh, Papai Noel chegou". A partir daí, teve início a sessão de pancadaria e tortura com cassetetes, chutes e barras de ferros.

Após as agressões, todos os presos foram advertidos que, se denunciassem o fato, "seria muito pior para eles". A Seds informou que o incidente já está sendo investigado pela Corregedoria.

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