terça-feira, 17 de maio de 2011

"Golpe do diploma" faz vítimas


 
Pressa em concluir estudos levou pessoas a comprar apostilas por R$ 400
Publicado no Super Notícia em 17/05/2011

FOTO: JOÃO PAULO BUENO/NOH - 14.5.2011
Policiais recolheram apostilas com chancela do Enem
JOÃO PAULO BUENO/NOH - 14.5.2011
Policiais recolheram apostilas com chancela do Enem
Depois do Super Notícia divulgar, no último fim de semana, reportagem sobre a ação de um grupo de estelionatários responsáveis por aplicar o "golpe do diploma" nas cidades de Arcos, Araxá, Campo, Bom Despacho e Ipatinga, surgiram ontem novas vítimas dos criminosos, dessa vez em Itabira (Vale do Aço) e Divinópolis (Centro-Oeste).
Os golpistas vendiam kits de apostilas por cerca de R$ 400, com a promessa de conclusão do ensino médio até o próximo mês de outubro. Quem fizesse nova inscrição também garantiria vagas em instituições do ensino superior.
O golpe foi descoberto no sábado, quando a polícia prendeu, em flagrante, duas mulheres que comercializavam as apostilas a dezenas de pessoas em Arcos (Centro-Oeste).
Alertado pela reportagem, o aposentado Raimundo João de Araújo, de 70 anos, descobriu ter sido enganado. Cursando o 1º ano do ensino médio, ele sonha em fazer um curso superior na área de meio ambiente. Aluno do Programa de Educação de Jovens e Adultos (EJA) em Itabira, ele foi iludido.
"Como tenho pressa em me formar, acreditei na promessa. Eles disseram que, se fizéssemos sete pontos nas provas, concluiríamos o ensino médio e poderíamos fazer os exames do Enem ainda neste ano. E se fizéssemos outra inscrição, poderíamos garantir vagas no Pró-Uni. A quadrilha tem até um site como se fosse do Enem. Ontem, no entanto, registrei queixa na delegacia", afirmou.
Golpes também estariam acontecendo em Divinópolis (Centro-Oeste), segundo informou ontem a Superintendência Regional de Ensino instalada na cidade.
Informação
A diretora de educação Vânia Noronha disse que várias pessoas foram enganadas pelos estelionatários. "Nós orientamos as vítimas a procurarem a polícia. Instruímos as pessoas a buscar informações nos órgãos oficiais, antes de se inscreverem em cursos como esses", afirmou Vânia

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